A depressão é uma doença comum. Cerca de 12 milhões de brasileiros sofrem com ela e, no mundo, é estimado que esse número seja de mais de 300 milhões de pessoas. Muitos, porém, não sabem que essa doença é a razão de seu sofrimento.

É importante entender que depressão é muito mais que tristeza. É uma doença que gera impactos na saúde da pessoa como um todo, não somente na saúde mental. Isso inclui muitos sintomas físicos também. Neste artigo vou discutir os sintomas da depressão em detalhes, além de falar sobre o que causa a doença, como funciona o diagnóstico e, por fim, sobre o tratamento. 

SINTOMAS: 

Assim como na maioria das doenças, a suspeita de uma possível depressão sempre começa ao percebermos alguns sintomas. Um sintoma é algo que você sente e que não parece normal. Vamos falar sobre os sintomas mais comuns da depressão: 

Sentimentos persistentes de tristeza ou de falta de esperança:

É normal se sentir triste por algum tempo após eventos como conflitos familiares, demissão ou após terminar um relacionamento sério. Porém, se essa tristeza tomar a maior parte do seu dia e permanecer por um período de muitos dias, pode caracterizar depressão.

Ficar um período prolongado sentindo uma falta de esperança de que as coisas vão mudar para melhor também é um sintoma muito comum da depressão. Esses sentimentos podem durar semanas, meses ou até anos.

Perda de interesse em atividades que antes eram agradáveis:

Ao contrário do que muitos pensam, esse é o sintoma mais típico da depressão. Pessoas com depressão podem muitas vezes se sentir desmotivadas e desinteressadas em atividades que costumavam ser importantes e prazerosas para elas.

É claro que nossos interesses mudam com o tempo e que é normal perder o interesse por algumas coisas. Porém, o que acontece normalmente é trocar seu interesse antigo por um novo. Se você não tem interesse em praticamente nada, é muito provável que esse seja um sintoma de depressão.

Mudanças no apetite e no sono:

A depressão também pode afetar o apetite e o sono de uma pessoa. Algumas pessoas com depressão perdem o apetite e perdem peso, enquanto outras podem comer demais e ganhar peso.

Além disso, as pessoas com depressão muitas vezes sofrem com alterações no sono. Essas alterações podem ser relacionadas a sintomas de insônia, com dificuldade em pegar no sono ou de manter um sono adequado durante a noite toda. Por outro lado, outros pacientes deprimidos sofrem com excesso de sono, dormindo por mais horas do que dormiam antes. 

Sentimentos de inutilidade, culpa ou baixa autoestima: 

Outra queixa comum entre pacientes deprimidos é a de se sentir inútil, de pensar que são um peso para as pessoas ao seu redor. Isso está muito associado a sentimentos de culpa e de baixa auto estima.

Em pacientes deprimidos esses sintomas tendem a ser muito intensos, levando a um sofrimento importante. Além disso eles duram muito tempo. Esses sentimentos podem ser desencadeados por eventos negativos da vida ou podem surgir sem motivo aparente. 

Fadiga e falta de energia:

A depressão pode causar fadiga e falta de energia em uma pessoa. Pessoas com depressão podem se sentir cansadas o tempo todo, mesmo depois de uma boa noite de sono.

Se você se sente cansado na maior parte do tempo, saiba que uma das possíveis causas para isso é a depressão. 

Dificuldade de concentração:

A depressão também pode afetar a capacidade de uma pessoa de se concentrar em tarefas. Pessoas com depressão podem achar difícil manter o foco em atividades que sempre fizeram com facilidade, como ler, assistir TV ou mesmo acompanhar uma conversa. Isso atrapalha muito a pessoa em seu trabalho e por vezes até em seu lazer.

Depressão: Pensamentos de morte ou suicídio

Pessoas com depressão podem ter pensamentos de morte ou suicídio. Se você ou alguém que você conhece está tendo pensamentos suicidas, é importante procurar ajuda imediatamente. Esse é o sintoma mais grave da depressão e requer atenção sempre.

Se você está tendo esses pensamentos, não pense que “isso não é nada” ou “vai passar sozinho”. É essencial buscar ajuda, e fazer isso o mais rápido possível. 

Se você está experimentando qualquer um desses sintomas, é importante falar com um médico para avaliar se você tem depressão. Esses sintomas podem estar presentes em várias doenças diferentes, é preciso avaliação de um profissional para determinar se a causa deles realmente é a depressão ou não. O Dr. Vítor Rocha é um médico capacitado a diagnosticar e tratar depressão e pode ajudá-lo a encontrar o melhor tratamento para suas necessidades. Agende uma consulta com ele hoje mesmo.

CAUSAS 

A depressão é uma doença que está relacionada a uma série de fatores. Raramente uma coisa isolada será a responsável por um caso de depressão. Vamos falar sobre os mais comuns: 

Genética:

As chances de uma pessoa sofrer depressão aumentam muito se um familiar – principalmente de primeiro grau – também sofrer dessa doença.

Dados mostram que se um dos pais tem um transtorno depressivo, o filho tem de 10 a 25% de chance de apresentar o mesmo diagnóstico. 

Acontecimentos de vida e estresse ambiental: 

O papel dos eventos de vida no surgimento da depressão ainda é muito discutido entre os médicos. É sabido que eventos de vida como falecimento dos pais antes dos 11 anos e o falecimento do cônjuge  a qualquer momento são os fatores que mais estão ligados a quadros de depressão.

O desemprego também é um fator importante. Indivíduos desempregados tem uma chance três vezes maior que os empregados de relatar sintomas de um episódio de depressão. 

Estresse:

É muito comum que pacientes deprimidos tenham sofrido episódios recentes de estresse importante. Segundo novas pesquisas, quanto maior o efeito desse episódio estressante na sua autoestima, mais chances ele tem de ser seguido de um período de depressão. 

Pode acontecer também que alguma coisa aparentemente sem importantância leve uma pessoa a um episódio depressivo. Isso depende do significado que esse evento tem para ela. 

Medicamentos:

Alguns remédios usados para tratar dores, pressão alta, insônia, epilepsia, Parkinson e até alguns usados para tratamento de câncer são algumas vezes causadores de sintomas depressivos.

É preciso que o médico faça uma avaliação cuidadosa dos remédios que o paciente usa para ver se pode ser o caso ou não.

Outras doenças:

Algumas outras doenças podem causar sintomas muito parecidos com a depressão ou mesmo estarem relacionadas à depressão em si. É muito importante pesquisar, com base no conjunto geral de informações trazido pelo paciente, se, por exemplo, não pode se tratar de doenças como um problema de tireóide, de anemia ou mesmo de pneumonia em pacientes mais idosos. A quantidade de doenças que podem estar associadas a sintomas de depressão é imensa, e é preciso que o médico escute muito bem o paciente e o examine para não fazer um diagnóstico errado. 

DIAGNÓSTICO

A depressão é uma doença diferente da maioria. Enquanto o médico precisa de exames de sangue ou raio-x para ajudar no diagnótico de grande parte das doenças, a depressão é diagnosticada ao ouvir e entender o que o paciente está sentindo.

Para fazer um diagnóstico correto – avaliando se é mesmo depressão, alguma outra doença ou mesmo “apenas” uma tristeza – é preciso que um médico experiente escute o paciente e entenda quem ele é pelo que ele está passando.

Estudos comprovam que consultas mais curtas estão relacionadas a maior erro no diagnóstico e, portanto, no tratamento. Por isso, eu meu preocupo em fazer uma consulta sem pressa, prezando por ouvir e entender tudo o que você está passando antes de te diagnosticar e tratar. 

TRATAMENTO 

Escolher o tratamento certo para cada pessoa é uma missão delicada e individual. São várias as ferramentas que o médico tem ao seu dispor, e é preciso escolher as mais indicadas para cada caso, além de rever o paciente várias vezes para ver o que está dando certo e o que não está e ajustar se preciso.  Dentre as opções possíveis de tratamento vamos citar as três principais:

Terapia:  

A terapia é uma forma de tratamento que envolve conversa, além de outros métodos, técnicas e estratégias. A terapia ajuda muitas pessoas a lidar com os sintomas depressivos e a entender o que o paciente precisa mudar para que haja melhora em seus sintomas.

A terapia deve sempre ser conduzida por um profissional de saúde mental, na maioria das vezes um psicólogo ou médico. Existem muitas formas diferentes de terapia, como terapia cognitivo comportamental, psicanálise, terapia familiar, entre outras. 

Mudanças no estilo de vida:

São sem dúvida uma excelente ferramenta no tratamento de depressão. Por exemplo, nos casos de depressão de intensidade leve a moderada alguns estudos mostram que a atividade física tem efeitos semelhantes aos da medicação.

Outras mudanças, como uma rotina de sono adequada, reduzir certos tipos de alimentos e evitar o estresse na medida do possível também tem efeito importante na melhora do paciente. Porém, apenas em casos muito selecionados é indicada apenas a mudança de hábitos como tratamento.

 Medicamentos: 

Muitos casos de depressão tem melhora com o uso de medicamentos. Existem dezenas de opções diferentes, cada um com efeitos positivos e potenciais efeitos colaterais únicos. É necessária uma avaliação atenciosa de quais remédios a pessoa já toma, quais doenças ela tem e quais sintomas ela está apresentando, entre outros fatores, para definir a melhor opção para cada pessoa.

Outra questão que tem que ser avaliada é por quanto tempo o paciente deverá continuar usando a medicação. A maioria dos pacientes necessita de medicação por apenas alguns meses, mas isso varia grandemente dependendo do caso. 

Para isso, mais uma vez, nada substititui uma consulta cuidadosa e sem pressa, como a consulta com o Dr. Vítor. Se for necessário o uso de medicação ele fará essa avaliação com atenção e usando os mais recentes critérios científicos para tomar a decisão da melhor medicação para o seu caso específico.

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